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Quanto custa a educação?

Para que uma universidade funcione com qualidade, de maneira sustentável e continue formando pessoas para conduzir o país rumo a dias melhores, há uma série de custos envolvidos, ligados à infraestrutura e tecnologia, contratação de pessoal, desde docentes à equipe técnico-administrativa etc.

Em tempos de crise, como a que estamos enfrentando no momento graças a uma pandemia que tem afetado milhões de estudantes em todo o mundo, esses custos não diminuíram, ganhando ainda acréscimos consideráveis em razão das instituições de ensino estarem mudando suas estratégicas pedagógicas para continuar oferecendo um ensino de qualidade, de forma remota e mantendo o contato direto dos alunos com seus professores.

Acompanhe abaixo os custos que impactam as atividades das instituições de ensino e como a crise atual os tem afetado.

Houve redução na Folha de Pagamentos?
Não

Os professores e toda equipe que suporta o funcionamento de uma instituição continuam contratados e trabalhando, mesmo em regime de home office.

A folha salarial representa, em média, 70% dos custos fixos de uma instituição de ensino. Além dos professores, existem as remunerações do corpo técnico-administrativo, INSS, FGTS, benefícios, sistema S, entre outros.

Houve redução em custos de material didático?
Não

Materiais didáticos utilizados nos cursos já foram comprados pelas instituições, sendo esse custo diluído durante todo o período letivo.

Houve redução em custos de manutenção (limpeza, manutenção, segurança, energia elétrica, água e outros)?
Sim

Apesar de manter a folha salarial dos colaboradores ou terceiros responsáveis, alguns custos como produtos de limpeza e consumo de água e luz diminuem neste período de ausência de aulas presenciais.

Houve redução de impostos?
Não

Os impostos pagos permanecem os mesmos.

Houve redução em custos de prestadores de serviços?
Não

Em geral, contratos com prestadores de serviços são negociados anualmente, e as entregas diluídas no período, portanto, estes custos permanecem ativos.

Houve redução em custos relacionados à tecnologia?
Não

Pelo contrário. Graças a uma nova organização de modelo de aula, as instituições de ensino estão adotando novas plataformas de tecnologia, aumentando banda de internet e adotando medidas de segurança, entre outros novos custeios, para garantir a oferta de aulas remotas sem que os alunos percam o contato direto com os professores.

Houve redução de acordos financeiros relacionados à questão da inadimplência?
Não

Com a crise, muitos alunos vão passar por dificuldades financeiras. As instituições de ensino estão mantendo negociações individualizadas, oferecendo programas emergenciais para atender cada aluno de acordo com as suas reais necessidades ou dificuldades. Dessa forma, conseguimos ajudar a todos!

Houve uma ampliação do papel social das IES com a chegada da Covid-19?
Sim

De máscaras, álcool em gel e respiradores fabricados com recursos laboratoriais das universidades, passando por atividades educacionais de apoio a pequenos empreendedores, até a arrecadação de alimentos para famílias afetadas financeiramente pela pandemia, a rede de apoio mobilizada já contabiliza inúmeras ações para sanar necessidades emergenciais de muitas comunidades brasileiras. Foram criados de hospitais de campanha e algumas instituições cederam sua infraestrutura para utilização. Além disso, são oferecidos alguns cursos de capacitação para profissionais da área de saúde e, até mesmo, professores e pesquisadores das IES têm trabalhado ativamente no combate ao vírus. Acesse o site “IES Contra a Covid-19” e confira!

A taxa de empregabilidade neste momento é maior para quem tem ensino superior?
Sim

Diversos estudos e pesquisas comprovam que pessoas que têm ensino superior possuem muito mais chances de se manterem ativas no mercado de trabalho, mesmo durante a crise. A capacitação contínua de todos é o que, além de oferecer melhores oportunidades de emprego, é capaz de superar não só a pandemia da Covid-19, mas todos os desafios que o Brasil enfrentará no futuro. Devemos investir em educação agora e sempre.

Confira o estudo sobre empregabilidade que o Instituto Semesp divulgou este ano https://www.semesp.org.br/pesquisas/estudo-sobre-empregabilidade-e-ensino-superior-durante-a-pandemia/

Ensino à Distância é a mesma coisa que Ensino Remoto?
Não

O Ensino à Distância, ou EaD, é uma modalidade de educação e aprendizagem já pensada de forma a contar com recursos tecnológicos, como transmissão de dados via internet, para a condução do currículo de estudos.

Os professores gravam suas aulas e propostas de exercícios, que são disponibilizados de forma sistemática para os alunos, muitas vezes tendo interação com tutores via chat ou e-mail e horários agendados com professores para sanar dúvidas.

Isso difere muito do Ensino Remoto que tem sido praticado emergencialmente por muitas instituições. Na prática, isso significa apenas uma transferência do conteúdo ministrado presencialmente para o ambiente virtual ou de videoconferências. A estrutura teve de ser rapidamente adaptada, com investimentos em capacitação profissional e ferramentas específicas para este tipo de ambiente, em que professores e alunos podem interagir, mesmo que em espaços diferentes, seguindo uma rogramação que possa favorecer a troca, com ambos em contato em tempo real, mantendo a interação professor X aluno como no curso presencial.

É essa diferença primordial que está criando um espaço grande entre o andamento do EaD e do Ensino Remoto: em um, há a expertise necessária e um investimento condizente com a prática; em outro, um gasto excessivo com adaptações para um formato para o qual não se tinha, anteriormente à pandemia, o preparo adequado.

Na maioria das vezes, o que acontece é que os custos de manutenção do ambiente físico da Instituição de Ensino são mantidos, com o acréscimo do investimento e respectivas despesas para a introdução do digital.

Para entender melhor a diferença entre os dois formatos, convidamos você a assistir um vídeo produzido pela Universidade Cruzeiro do Sul: https://youtu.be/koH_tZC2igw

O retorno gradual às aulas presenciais incorrerá menos custos?
Não

Inclusive, as medidas recomendadas pelo parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), entidade ligada ao Ministério da Educação (MEC), no fim de abril, se aplicadas corretamente, podem acarretar despesas adicionais.

Isso porque, além de faseada e em esquema de rodízio, ou seja, com grupos reduzidos de alunos por turno, sugere-se que essa volta presencial seja concomitante com atividades à distância, como videoaulas, como as que já estão sendo ministradas em caráter emergencial em diversas instituições.

Também, ações relacionadas à saúde e segurança dos profissionais e dos estudantes, como aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel para higienização frequente das mãos, além de uso de máscaras, entre outras medidas de distanciamento, como disponibilizar mais espaço entre as carteiras (a cada 5 carteiras 1 será ocupada – o que diminuirá o espaço físico das salas de aula), trazem a sua parcela de dispêndio.

Assim, se extraoficialmente já era necessário arcar com os custos de manutenção das instalações físicas mesmo sem utilização pelos alunos, agora esses custos tornam a aumentar, ao mesmo tempo em que recursos continuarão a ser destinados à preparação de conteúdo online, aulas por videoconferência e outros adventos.

Um cronograma de retorno oficial não foi divulgado pelo MEC, visto que cada Estado e Município pode viver realidades diferentes com relação à pandemia. Em São Paulo, por exemplo, a previsão é de que esta volta passe a acontecer em julho de 2020.

http://portal.mec.gov.br/component/content/article/12-noticias/acoes-programas-e-projetos-637152388/89051-cne-aprova-diretrizes-para-escolas-durante-a-pandemia?Itemid=164